Segunda-feira, 11 de março de 2013
ÚVisualizada: 2474 vezes
\"NOSSA LUTA ? PELO SUSTENTO\"
Ouvir matéria
Na ?ltima sexta-feira (08), dia Internacional da Mulher, o grupo do Projeto Mulheres em Movimento, do assentamento Liberta??o Camponesa (RR), realizou um evento em comemora??o ao Dia Internacional da Mulher. Mais de 150 pessoas compareceram ao evento (dentre as quais 111 eram mulheres), que aconteceu no Col?gio Estadual Izaias Rafael da Silva.
Estiveram presentes a presidente da Associa??o Regional de Mulheres Camponesas - ARMUCA, Zerilda Alves Dutra; a professora Luciana Maestro Borges do IFPR, coordenadora do Programa Mulheres Mil e do Projeto Mulheres em Movimento; o professor Roberto Martins de Souza - do IFPR, coordenador do F?rum de Recursos Naturais - PROENS; a representante da Federa??o dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paran? FETAEP, Vera Lucia Lemes Gomes; o representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ortigueira, Zenilto Ortiz; o diretor do Col?gio, professor Nilson Terna; a Secret?ria Municipal de Educa??o, Elizete Campos; e a representante do MST, Maria Izabel Grein, da coordena??o nacional do movimento.
O encontro contou com homenagens ?s mulheres, feitas pelos alunos das escolas locais. Tamb?m foram realizadas palestras. Uma delas sobre a luta da mulher camponesa, ministrada por Maria Izabel Grein, e outra sobre sa?de da mulher, ministrada pela Secret?ria Municipal de Sa?de, Ana Maria Gerei. A banda municipal teve participa??o especial com o Hino Nacional, Hino de Ortigueira e outras m?sicas.
Para a presidente da Armuca, a comemora??o foi mais que um evento. \"Pela primeira vez reunimos as mulheres em movimento com a comunidade, n?o s? para celebrar, mas para nos perguntar qual ? o nosso espa?o na sociedade, qual ? o nosso espa?o como mulher, como m?e, como dona de casa, como comunidade, como lideran?a, e como pol?tica. Pensar em n?s como mulheres deve ser todo dia, todo momento, n?o s? em 8 de mar?o. Refletir a luta por educa??o e sa?de melhores, por dias melhores para a nossa comunidade, uma luta constante por qualidade de vida, que n?s mulheres camponesas merecemos\", disse Zerilda Alves.
A coordenadora do projeto, professora Luciana Maestro Borges, lembrou o caminho das mulheres da localidade, que ap?s participarem do projeto Mulheres em Movimento e do Programa Mulheres Mil, do Governo Federal, caminham para a formaliza??o da Associa??o. \"Estamos colhendo os frutos desse trabalho. O caminho foi longo, mas as mulheres est?o caminhando sozinhas. Parabenizo a todas as mulheres e homens da comunidade, que acreditaram na proposta de trabalho de valoriza??o da mulher camponesa\".
Para Maria Izabel Grein, da coordena??o nacional do MST, o projeto na liberta??o camponesa fez com que as mulheres pudessem se olhar. \"As mulheres se reconhecem como companheiras no mesmo assentamento, na luta pela sobreviv?ncia na terra. Elas perceberam que os problemas pessoais, os problemas que elas t?m em casa e na comunidade, s?o semelhantes. S?o quest?es que s? se resolvem na coletividade e elas se uniram para se ajudar. As mulheres v?o descobrindo que juntas s?o realmente fortes\", considerou.
SOBRE AS MULHERES EM MOVIMENTO: O grupo de mulheres do assentamento Liberta??o Camponesa surgiu com o apoio do Instituto Federal do Paran? - IFPR. A iniciativa do projeto de extens?o teve como objetivo resgatar a auto estima da mulher camponesa e fazer com que ela se enxergasse como membro importante em sua propriedade e na sociedade. O projeto atendeu cerca de 60 mulheres em sua primeira fase, que hoje buscam juntas a melhoria da qualidade de vida. Participaram de capacita?es, cursos de culin?ria, aulas de inform?tica, entre outras atividades e foram matriculadas como alunas do Instituto, com o apoio do Programa Mulheres Mil, do Governo Federal. Em suas casas, passaram a participar mais e a assumir o controle familiar junto aos maridos, inclusive o controle financeiro, procurando novas alternativas para a gera??o de renda na propriedade, como a produ??o e venda de alimentos para a merenda escolar. A vis?o do empreendedorismo e da coletividade foi implantada e hoje as mulheres do projeto buscam formalizar a ARMUCA - Associa??o Regional das Mulheres Camponesas, para depois, formarem uma cooperativa.
Fonte: Fernanda Rodrigues
Seminário Educa Juntos reúne gestores e fortalece práticas educacionais em Ortigueira
Ortigueira celebra convênio de R$ 5 milhões para pavimentação urbana
Justiça no Bairro é sucesso em Ortigueira e garante cidadania à população